eSocial e o mercado de motorista por aplicativo. Tudo a ver.

Werinton Garcia

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Os empreendedores e profissionais de contabilidade de todo o país chegaram até a pensar que o eSocial era passado, que seu fim era certo e seus dias estavam contatos. Bem, vimos que isso não ocorreu e tudo não passou de um reajustamento de bússola do projeto e consequente processo de simplificação, o que realmente era necessário. Afinal, a tão pregada segurança jurídica estava assoberbada de dados e perdera ao longo das dezenas de versões uma importante e esperada característica: a objetividade.

Por onde ando Brasil afora, sempre sou questionado por empresários e profissionais se a continuidade do eSocial é boa coisa. Particularmente vejo que a resposta é subjetiva, não há uma verdade única. Depende do ponto de vista, vejamos.

Aqueles que desenvolveram um planejamento estratégico para implementação do eSocial e da Reinf, tiveram influência de bons consultores e prepararam seus ambientes internos - investiram em pessoas e nas suas ferramentas/tecnologias e, preocuparam-se em cumprir o cronograma previsto em legislação, estes tenho certeza que não querem voltar atrás. Já viram o resultado e não se imaginam no cenário anterior ao eSocial. Eu estou nesse grupo.

Os demais, acomodados, que esperaram a modernização pronta, a tecnologia do sonho, da realização sem trabalho, do resultado sem esforço e sem estudo, esses sempre criticaram e ainda sonham com o fim de tudo isso. Afinal, pra esses a GFIP é confortável e atende as necessidades (deles, não dos cidadãos), então a luta é convencer as instituições representativas do setor contábil para que lutem contra a corrente, afinal, nos representam.

Então me abstenho para não interferir na opinião alheia, mas um “auto feedback” vai te dizer a qual grupo você pertence. Se estiver na segunda turma deixo a dica, o mercado de motorista por aplicativos está aquecido, é uma boa oportunidade para empreender.

Eu prefiro vender lenços à chorar.